24 de agosto de 2011
Meiga Educação!
Hoje existem teorias sem fim, de procedimentos de mãe, manuais enormes de como criar filhos, documentos comprovando a origem de monstros mal criados etc..
Não há garantias de que nossa postura na educação dos filhos, futuramente tenha um resultado positivo. Acho que o principal é mostrar aos pimpolhos o quanto é bom ser do BEM!
Bem, o motivo primeiro que me trouxe aqui foi a saudade.
Minha mãe tinha na ponta da língua, frases e respostas politicamente nada corretas e as usava em diversas situações.
Eu e minha irmã Angela, nos lembramos de algumas, veja só:
Se você, num "diálogo" não muito pacífico, dissesse: "E daí?" a resposta que desarmava: "Segura as calças pra não cair!"
Numa pergunta simples e ocasional: “O que é?” E ela logo emendava: “Merda na colher!”
Num momento reflexivo eu dizia: “Deixa eu pensar.” Lá vinha: “De pensar morreu um burro!”
No desespero: “Tô com fome!!!” Imediatamente ela ordenava: “ Vai na rua, mata um homem e come!”
Falando de um desafeto: “Ah! Coitado!” Ela filosofava: “Coitado é filho de rato, que nasce pelado!”
E aquela tentativa de não ir a escola: “Tô doente.” A constatação dela: “ Tá! Doente do cú quente!”
Aí eu voltava machucado da rua, ela olhava bem pro ferimento e já saindo dizia serenamente: “Antes de casar sara!”
O fato de ouvir as “meiguices” da minha mãe, durante muito tempo, não me tornou um gênio e nem um bandido inescrupuloso. Permitiu-me sim a encontrar o humor em situações diversas, aquelas que nos rodeiam diariamente!
Eu ria bastante!
Sejamos felizes!
Em tempo:
Tinha a pronúncia “irrepreensível” de: 5 e 15 - "cinquiquinze", prateleira - "partileira", almôndega - pupeta", técnico - "ténico".
Assinar:
Postar comentários (Atom)
É isso aí, seu Rubs, eu noto que a galera faz manual pra tudo: pra criar filho, pra ser esposa, pra ser marido, ser mulherzinha e ser machão e não percebem que seres humanos são muito diferentes uns dos outros. Biologia, desenvolvimento, neurociências e comportamento não são ciências exatas e linearmente calculáveis, certo?
ResponderExcluirA minha impressão é que é por causa desses "manuais" a quantidade de gente frustrada e deprimida só tente a crescer desembestadamente!
bjs, Loraine
kkkkkk por isso que vc fico assim? Então ela acertou em cheio, vou adotar!
ResponderExcluirBjão
Lá em casa, quando começava aquele choro chato, de pura birra, a mamãe falava logo: "Engole o choro!".
ResponderExcluirOu, ao ser contrariado e sair pro quarto, ela falava logo: "Nada de bater o pé. Num és soldado pra marchar uma hora dessas!"
Minha era (ainda é) um doce de pessoa. E criou 4 homens com a firmeza de uma rosa que não se despétala mesmo na ventania.
Somos pessoas de sorte por ter tido mães reais e não "mãe de novela".
Abraço, camarada.
Lafayette
acho que a minha mãe fez escola cá sua.
ResponderExcluirela ainda diz td isso aê. 8o!
e nenhuma das três filhas é revoltada ou metida.
funciona.
bejins.
E você leva consigo muito dessa mãe, quem dera todas as mães pudessem ser sempre lembradas assim com gratidão, amor e bom humor!
ResponderExcluirLembro de algumas da minha mãe. Da frase "tô com fome" ela já respondia "e daí, me conta uma novidade", quando escrevia errado riscado a palavra reescrevia e já soltava "pronto, satisfeito?"... Na verdade o que nos leva a fazer algo errado é mais exemplo dentro de casa, não de uma criança, digamos, rígida demais.
ResponderExcluirMaior sabedoria de q. a de mãe (ainda q. nem sábia assim) não tem igual! Bravo pelo texto!
ResponderExcluirbjs